ALIMENTE O PEIXINHO

terça-feira, 22 de maio de 2012

ENCONTROS EDUCADORES AMBIENTAIS .SANTA TEREZA DO OESTE PRESENTE COM OS DEMAIS 28 MUNICÍPIOS DA BP3


DIÁLOGOS SOBRE A RIO +20 EM MEDIANEIRA




O Encontro aconteceu dia 18 de maio em Medianeira com educadores ambientais dos 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3), no CPC Arandurá, em um encontro regional de formação e de preparação para a Rio+20, em que foram discutidos os temas economia verde, erradicação da pobreza e governança global.



O encontro, organizado pelo programa Cultivando Água Boa da Itaipu Binacional, reuniu cerca de 500 participantes para os debates com dois especialistas de renomes nacional e internacional: Ladislau Dowbor e Luiz Ferraro, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), além do diretor de Coordenação e Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Miguel Friederich.

Dr Nelton em seu discurso falou sobre a importância do papel de cada um dos protagonistas de Educação Ambiental que fazem o muro das lamentações, a árvore da esperança e o caminho adiante semeando transformações passando a ser sujeito de sua história, num processo participativo, planejado com um olhar diferenciado, focado na preservação da vida. Um sonho que se realiza a partir da ação de cada um de nós a ser representada na Rio+ 20 e trazer de lá as experiências para ampliar o nosso grupo que tem a missão de fazer a diferença neste nosso planeta.

Ladislau Dawbor falou com muito carinho que o trabalho desenvolvido por este grande grupo é um expoente brasileiro que desperta o poder local, que é à base da sociedade. Um despertar que funciona quando as pessoas se organizam por um interesse comum, dinâmico articulando os mesmos interesses.

Solange


terça-feira, 15 de maio de 2012


FIQUEMOS ATENTOS!!!

A Mãe Terra Conferência Rio+20
(1)
                                                           
 Cândido Grzybowski
Sociólogo, diretor do Ibase



De 20 a 22 de junho deste ano, no Rio, será realizada a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, vinte anos após a ECO-92. Sou dos céticos em relação à vontade e capacidade dos nossos governantes, atolados em crises e compromissos com os grandes conglomerados econômico-financeiros que dominam a economia globalizada, chegarem a acordos à altura dos desafios que a humanidade tem pela frente. Cabe à cidadania fazer a sua parte, do local ao mundial. Indignar-se e agir contra um modo de produzir e consumir que serve para poucos e, ao mesmo tempo, destrói as bases da vida é uma necessidade inadiável. Com esta crônica, no contexto que antecede a Conferência da ONU, inicio uma série de pequenas reflexões sobre a necessária revisão dos fundamentos entorno aos quais nos organizamos como sociedades humanas.

Junto-me a muitos, especialmente no processo Fórum Social Mundial, e endosso a diagnóstico de que estamos diante de uma crise de civilização, caracterizada pela perda de capacidade de resposta do sistema dominante, hoje globalizado, diante dos desafios planetários, tanto de preservação da integridade do planeta Terra e da vida para futuras gerações, como da enorme injustiça social e ambiental intra e inter povos, hoje. Os fundamentos, a legitimidade e os rumos deste modelo capitalista industrial, produtivista e consumista, estão derretendo e podem acabar tornando irreversível o processo de destruição ecológica e social.

Na crise da civilização atual, uma questão que emerge como condição sine qua non é a necessidade de recompor e reconstruir a nossa relação com a natureza. Afinal, somos parte da biosfera, somos natureza nós mesmos, natureza viva dotada de consciência. Somos dependentes uns dos outros, múltiplos e diversos, com capacidade de criar significados e direções, de incidir e adaptar a natureza às nossas necessidades. Somos, no entanto, parte da própria natureza, que nos impõe limites éticos no tratá-la, cuidá-la, preservá-la e comparti-la entre todos e todas. Interagir e trocar com a natureza, com a sua complexidade de sistemas ecológicos, é, por definição, o viver. Por isto, precisamos resgatar o conceito filosófico e político fundante de Mãe Terra, atribuído ao planeta, ainda presente em muitas culturas e no imaginário popular. Planeta único e mãe de todos os humanos, de toda a vida que conhecemos, a integridade do planeta Terra está ameaçada pela civilização capitalista industrial. A privatização, a mercantilização e a comodificação de tudo, a manipulação da vida e dos elementos, sem limites, pela biotecnologia e nanotecnologia, todos são processos que ameaçam a nossa grande mãe comum, a Terra, hoje e para futuras gerações. A tal economia verde, que está na agenda da Rio+20, nada mais é que uma aposta dos grandes conglomerados econômico-financeiros para transformar a biodiversidade e os elementos naturais em frente de uma nova e radical expansão capitalista. Estamos diante da possibilidade de sermos levados ao caminho da destruição sem retorno. Isto é o contrário de sustentabilidade.

Para ser sustentável, a civilização humana tem que renunciar ao antropocentrismo, como filosofia, ética e religião, e mudar radicalmente a sua aposta nas soluções da ciência e da técnica para violar e dominar a Mãe Terra a todo custo, tudo em nome da acumulação, do ter mais e mais, gerando desigualdades sociais e exclusões de todo tipo, com muito sofrimento e privações para bilhões de seres humanos. A primeira tarefa que daí decorre é desativar a máquina de produção e acumulação de riqueza material e financeira atual. O desenvolvimento, que tem como condição o crescimento contínuo, é a máquina do capitalismo. Ele combina apropriação e uso sem limites da natureza, vista como mera depositária de recursos, com a exploração e dominação dos que trabalham, tudo em nome da acumulação de lucros. A questão ética central aqui é: como abandonar valores e um estilo de vida do ter mais, produzindo ao mesmo tempo sempre mais luxo e pobreza, para dar lugar ao ser mais feliz, mais solidário, mais consciente das responsabilidades em regenerar, reproduzir e preservar a integridade da base natural, compartindo-a como a grande Mãe Terra, com todos de hoje e com as futuras gerações?

A vida, toda forma de vida, tem o direito fundamental de existir, bem como os complexos sistemas ecológicos que integram e regulam o Planeta Terra. A Conferência Rio+20, ao invés de pensar em novas frentes de grandes negócios para alimentar o crescimento, com a tal economia verde, poderia considerar seriamente as fronteiras planetárias, o espaço seguro para a humanidade florescer. Segundo renomados cientistas, as fronteiras planetárias para ação humana que, uma vez ultrapassadas, podem provocar uma mudança ambiental irreversível, com efeitos catastróficos, são: 1) mudança climática; 2) acidificação dos oceanos; 3) concentração estratosférica de ozone; 4) emissões atmosféricas de ozone; 5) fluxos biológicos, geológicos e químicos (interferência do fósforo e do nitrogênio); 6) uso global da água fresca; 7) mudanças no sistema de uso da terra; 8) perda de biodiversidade; 9) poluição química (ver: Resilience Alliance . Planetary boundaries: exploring the safe operations space for humanity. Ecology and Society 14(2): 32 – http:www.ecologyandsociety.org ).

Esta me parece uma agenda possível e necessária para tratar a Mãe Terra como ela merece. A tarefa é urgente. Seremos capazes de mudar o rumo do desastre?



Rio, 02/02/2012

terça-feira, 8 de maio de 2012

Decadência da Humanidade: Educação ambiental não é um modismo!




Aninha caminha sem ter muita certeza de onde está. De uma hora para outra ela se viu num cenário de aterrorizar, Destruição, plantas e animais mortos, mau-cheiro e um calor muito forte. Andou mais algum tempo e pouco depois avistou uma senhora, maltrapilha e com um semblante abatido pelo aparente peso da idade. Então Aninha parou e lhe perguntou:

- Minha senhora, onde estou? Que lugar é esse?

A senhora olhou para ela, com um certo ar de surpresa, e respondeu:
- Ora minha filha, você está no lugar onde você sempre esteve, o planeta Terra! Esse aqui é o bairro onde você nasceu e cresceu.

Aninha perplexa retruca:
- Não pode ser! Meu bairro é um lugar lindo, muitas árvores, pássaros cantando, muita gente passeando e tem uma praça com um chafariz.

Então a  senhora continua:
- Ah minha filha, isso foi há muito tempo! Infelizmente as pessoas não cuidaram da Natureza, só a maltrataram! Poluíram o ar, os mares e os rios, desperdiçaram a água potável, derrubaram as árvores para construir edifícios, destruindo assim o habitat natural de várias espécies de animais. O que sobrou foi esta terra arrasada que você está vendo. O solo empobrecido, onde não se planta mais nada., este ar difícil de respirar por causa da fumaça, racionamento de água porque hoje em dia existem pouquíssimas fontes não poluídas e por isso não dá para todos, este calor insuportável. Não foi por falta de aviso, mas ninguém deu atenção. O planeta que antes era nossa casa agora é nossa sepultura.

Aninha então pergunta à velha senhora:
- Com todas estas dificuldades, como a senhora conseguiu viver tanto tempo?

- Quantos anos você acha que eu tenho?  -  pergunta a senhora.

- Eu diria que a senhora tem mais de 60 anos.  -  responde a menina.

Então, a senhora responde:
- Não, linda criança. Eu tenho 45 anos. Minha aparência é devida justamente a esta vida de privações. A falta de água e a exposíção diária a este sol escaldante fazem com que eu tenha esta aparência envelhecida. Devido às péssimas condições sanitárias meu esposo morreu de infecção e minha saúde é debilitada, pois frequentemente me encontro doente.

Aninha sentiu uma profunda tristeza com a situação daquela senhora e mais uma vez deu uma olhada ao seu redor. Em seguida olhou para o céu onde o sol brilhava com tanta intensidade que o clarão ofuscou sua vista e Aninha não enxergava mais nada. 

Quando voltou a enxergar Aninha estava em seu quarto. Tudo não passara de um sonho. Como já era hora de ir para a escola executou sua rotina diária. A caminho da escola a menina parou para comprar um sorvete e, chegando ao colégio, encontrou suas amiguinhas. Tratou de contar a elas o sonho assustador que teve e , ao terminar, ela e as amiguinhas se dirigiram ao portão do colégio. Como Aninha já havia terminado o sorvete, jogou fora a embalagem.

Porém, ao contrário da ilustração no início do texto, Aninha jogou o papelno chão, mesmo tendo uma lata de lixo a poucos metros de onde ela se encontrava.

ENCONTRO FEA - SANTA TEREZA DO OESTE EM MEDIANEIRA


  • Item 2 FEA – Diálogos da Bacia do Paraná 3 em torno das questões chaves da Rio+20 – diálogos com especialistas  - Economia Verde, Erradicação da pobreza e Governança Global
Data: 18 de maio de 2012
Local: Centro Popular Cultural Arandurá, Avenida Brasil, n° 1677 – Centro – Medianeira – 


SALA VERDE.

Carta da Terra - Parte 1

Carta da Terra - Parte 2

Carta da Terra - Parte 3

Futuro Roubado Parte 1

CARTA ESCRITA NO ANO 2070